O povo Zo’é mora perto do rio Cuminapanema, no norte do Pará. Sua população é de cerca de 300 pessoas. Eles são um dos últimos povos ainda “intactos” na Amazônia. Continuam vivendo em um estado de isolamento, mas convivem com alguns agentes do governo.

O sistema social dos Zo’é e descentralizado, dando autonomia a cada grupo local ou aldeia. Eles se sustentam de caça, pesca, e do cultivo de macaxeira.

Antigamente, os Zo’é foram chamados de “Poturu”, por ser a palavra que eles usavam  quando alguém apontava para eles. Na verdade, a palavra “poturu” refere-se a seus adornos labiais feitos de madeira. “Zo’é” significa “nós”, na sua língua, que pertence à família Tupi-Guarani. Segundo a Funai, os Zo’é não têm uma palavra para distinguir explicitamente seu grupo étnico. Apenas classificam-se em contraste com os brancos e grupos inimigos, mas não entre grupos indígenas vizinhos.

Houve várias tentativas de contato, entre os anos 1982 até 1987, quando missionários evangélicos construíram uma base chamada Esperança. Essa missão teve uma relação conflituosa com a Funai, que eventualmente  expulsou-lhes da área.