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Os Bororo, breve apresentação

Pesquisarei sobre os Bororo, ou como eles se autodenominam, Boe, que são hoje aproximadamente 1,800 pessoas.

A palavra “Bororo” significa “pátio da aldeia,” pois relaciona-se  à forma circular das casas, que faz com que o pátio seja o centro da aldeia e o espaço para os seus rituais. Os territórios Bororo não estavam localizados apenas em uma região, mas encontravam-se tanto  perto da Bolivia, no oeste, como no centro sul de Goiás, ao leste, nas margens da região dos formadores do Rio Xingu, ao norte, e, no sul, até o Rio Miranda.

No estado do Mato Grosso há 6 Terras Indígenas: Jarudore, Merure, Perigara, Sangradouro/Volta Grande (não designada como terra indígena dos Bororo), Tadarimana e Tereza Cristina.

A língua bororo pertence o tronco lingüístico Macro-Jê; a maioria da população fala português e bororo, mas mais o bororo no cotidiano.

Os Bororo usam o term Boe Wadáru para a sua língua original, e alguns lingüistas a classificaram como do ramo Otuké. No presente, quase toda a população fala a língua bororo. Até o final dos anos 1970 , a missão indígena tinha imposto um regime que proibia que crianças e jovens falassem a língua nativa. Isso mudou  e o ensino bilingue  tornou-se popular.

Atualmente, os Bororo possuem seis Terras Indígenas, no Estado do Mato Grosso,  em um espaço 300 vezes menor do que o território tradicional original. Uma delas, TI Juradori, foi reservada pelo SPI, mas foi continuamente invadida e, agora, é ocupada por uma cidade. Eles também buscam solucionar as questões fundiárias das TI Teresa Cristina  e Sangradouro. Na área Teresa Cristina, ainda lutam pela alteração do traçado da ferrovia Ferronorte.

Filme sobre os Bororo,  1941

Este filme tem o título de “Primitive Peoples of Matto Grosso,” do ano 1941. O filme é uma re-edição de vídeos de 1931, que antes foram editados para o filme “Matto Grosso, the Great Brazilian Wilderness” (1931), um filme sobre a Matto Grosso Expedition. O vídeo está disponível no Youtube, graças ao Penn Museum, pois pertence a suas coleções. Mas o Penn Museum  sabe que o título é muito insensível, e informam que o filme “gives a culturally biased, prejudiced and ethnocentric misinterpretation of Bororo culture.” O roteiro foi feito pelo antropólogo Vincenzo Petrullo, que nas suas observações tinha “bigoted views and reflects serious misunderstandings and mistakes.”

Esse dado contrasta com o o que  está fazendo, na USP, o Professor Bairon, que dá a câmera para os Bororo filmarem o que e como quiserem. Neste filme de 1941, há imagens dos rituais dos Bororo, mas o narrador não explica bem o que acontece, pois não entende o significado dos rituais, considerados “primitivos”, assim como as pessoas que acreditam neles.

 

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