“Amazônia Ribeirinha do Médio Xingu”

Vinicius Furuie

(PhD. Department of Anthropology)

Foto de um  regatão  dando carona para um grupo de indígenas Araras

8 Outubro 2018

“Confesso que a ideia de dar uma aula sobre Altamira me empolgou. A primeira coisa que me veio à cabeça foi voltar um pouco no tempo para explicar um pouco do que são as relações dos povos indígenas com a economia de aviamento da Amazônia, ou seja, de como a maioria dos índigenas diretamente impactados por Belo Monte convivem desde a época da borracha com o comércio do homem branco e que, ao longo das décadas, houve uma aproximação entre o modo de vida deles e dos povos ribeirinhos, com casamentos interétnicos e recriação cultural. Pensei que isso talvez fosse interessante para iluminar um outro aspecto da Amazônia indígena, aquela que escolheu (ou foi forçada a) cortar seringa, coletar castanha e outras ‘drogas do sertão’ para o mercado mas que ainda se vê distinta do homem branco, mesmo que ele muitas vezes não os reconheça como índios ‘puros’ porque caçam de espingarda e usam bermuda e chinelo.”

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