Pesquisarei sobre os Bororo, ou como eles se autodenominam, Boe, que são hoje aproximadamente 1,800 pessoas.

A palavra “Bororo” significa “pátio da aldeia,” pois relaciona-se  à forma circular das casas, que faz com que o pátio seja o centro da aldeia e o espaço para os seus rituais. Os territórios Bororo não estavam localizados apenas em uma região, mas encontravam-se tanto  perto da Bolivia, no oeste, como no centro sul de Goiás, ao leste, nas margens da região dos formadores do Rio Xingu, ao norte, e, no sul, até o Rio Miranda.

No estado do Mato Grosso há 6 Terras Indígenas: Jarudore, Merure, Perigara, Sangradouro/Volta Grande (não designada como terra indígena dos Bororo), Tadarimana e Tereza Cristina.

A língua bororo pertence o tronco lingüístico Macro-Jê; a maioria da população fala português e bororo, mas mais o bororo no cotidiano.

Os Bororo usam o term Boe Wadáru para a sua língua original, e alguns lingüistas a classificaram como do ramo Otuké. No presente, quase toda a população fala a língua bororo. Até o final dos anos 1970 , a missão indígena tinha imposto um regime que proibia que crianças e jovens falassem a língua nativa. Isso mudou  e o ensino bilingue  tornou-se popular.

Atualmente, os Bororo possuem seis Terras Indígenas, no Estado do Mato Grosso,  em um espaço 300 vezes menor do que o território tradicional original. Uma delas, TI Juradori, foi reservada pelo SPI, mas foi continuamente invadida e, agora, é ocupada por uma cidade. Eles também buscam solucionar as questões fundiárias das TI Teresa Cristina  e Sangradouro. Na área Teresa Cristina, ainda lutam pela alteração do traçado da ferrovia Ferronorte.