Os Zo’é foram ensinados a mudarem seus costumes tradicionais pelos missionários, que iniciaram o contato entre esse grupo indígena e o mundo dos brancos. Conforme manda a religião cristã, esse ensino envolveu práticas como usarem de roupa, viverem em casas de uma família nuclear, e praticarem a monogamia. Infelizmente, essas e outras mudanças culturais fizeram com que os Zo’é ficassem dependentes do posto do governo para receberem atenção medica e alimentação. Em 1996, quando a atual administração da Funai assumiu a responsabilidade pela aldeia, eles incentivaram os Zo’é a voltarem a seus hábitos anteriores, começando por queimarem as roupas e voltarem a caçar. Baseado em experiência com outras nações indígenas, a dependência de tecnologias e comida dos brancos tem efeitos negativos para a saúde e acabam por marginalizar esses grupos sem os integrarem na sociedade.

O estilo de suas casas é o de uma maloca coletiva sem paredes, que abriga varias famílias e seus bichinhos de estimação, como macacos, urubus, e tucanos. Apesar de não usarem roupa, uma homem Zo’é está vestido com o adorno peniano, enquanto as mulheres pintam-se de urucum e usam uma tiara de penugem de urucum.

As regras Zo’é de casamento e sexualidade são muito diferentes da cultura branca e seus tabus. Eles aão polígamos, chegando a ter um máximo de seis parceiros. A vida sexual começa mais cedo, e as futuras sogras fazem a iniciação sexual dos jovens. Em vários casos, depois do casamento, o jovem continua a ter relações com a filha e a mãe.