Muitas vezes associamos a história com palavras na página de um livro didático, mas, na realidade, trata-se um constructo vivo, que existe, sobretudo, fora do mundo escrito. Sérgio Bairon, da USP, fala da importância de “estar presente” na compreensão da história de um grupo. Esse conceito é critico para entendermos o modo de vida dos grupos indígenas no Brasil. Todos os dias, indivíduos ao redor do mundo escrevem a sua própria história, tanto como os indígenas Potiguara, que têm uma história que sempre está expandindo e evoluindo. A língua serve para rastrear o passado de um povo.

Nos últimos vinte anos, o povo Potiguara tem visto uma ressurgência no interesse em estudar a sua língua nativa, o Tupi; a demanda tem ultrapassado a quantidade de professores. Novas medidas nas escolas Potiguara enfatizam a cultura de seu povo através da língua Tupi e da arte, além da história. Eu acho muito importante esses esforços de reintroduzir a língua Tupi, sobretudo para os jovens Potiguara.  Ao aprenderem essa língua, apenas por estarem presentes, os estudantes Potiguara estão, ao mesmo tempo, criando a sua própria história, mas também preservando elementos antigos de sua cultura. Além disso, trazer de volta a língua Tupi é uma forma especialmente adequada para os jovens Potiguara entrarem em contato com as suas raízes, porque enfatiza a tradição oral, algo que é de suma importância para o conhecimento da história indígena.

Fontes:

http://www.trilhasdospotiguaras.com.br/en/historia/os-potiguaras-do-seculo-xxi/

https://joshuaproject.net/people_groups/14453/BR

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Slide27.JPG