Haru Kuntanawa fala sobre a importância do uso da Ayahuasca não só em Brasil mas no mundo todo.
Esse vídeo mostra um pouco do dia a dia do grupo Kuntanawa e dos seus rituais.
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Haru Kuntanawa fala sobre a importância do uso da Ayahuasca não só em Brasil mas no mundo todo.
Esse vídeo mostra um pouco do dia a dia do grupo Kuntanawa e dos seus rituais.
Um exemplo do ritual do rapé onde se inala o pó espiritual pelo nariz.
Uma versão do ritual da dança Kuntunawa
O pó de rapé numa jarra sendo preparado para ser usado.
Haru Kuntanawa, o líder do povo Kuntanawa.
Outro exemplo do ritual de rapé.
Haru Kuntanawa come xamãs e outros do povo no ritual da Ayahuasca.
Uma foto da aldeia do povo em um ritual.
Outra foto de parte do terreno Kuntanawa no Alto Juruá.
Fontes:
https://katukina.com/doc/kuntanawa-tribe
https://www.twgram.me/tag/kuntanawa/
https://www.websta.org/catherineadunni
https://entheonation.com/author/lornaliana/
https://uc.socioambiental.org/en/uso-sustentável/upper-juruá-resex-conservation-acquires-a-local-meaning
https://hiveminer.com/Tags/desana/Recent
O grupo Kuntanawa é um povo indígena que sobreviveu a perseguição no século XX. Hoje existem cerca de 400 membros no total, mas nem todos vivem juntos, e o grupo mais concentrado vive perto do rio Tejo, na Reserva Extrativista do Alto Juruá , no Estado do Acre.
Essa reserva foi criada também para os seringueiros da área. Então, há conflito entre eles e o povo Kuntunawa porque vivem tão pertos. Crianças indígenas são maltratadas nas escolas por serem índios e “escuros,” e caçadores atuam no território designado como indígena. Assim, o grupo pede pela demarcação de seu território.
Mas a demarcação apenas não resolveria todos os problemas do grupo; após a perseguição sofrida no século XX, o grupo Kuntanawa perdeu muita de sua cultura, especialmente a língua indígena e os seus vários rituais. Hoje, eles falam todos o portugês e apenas os mais velhos e xamãs falam a língua indígena. O uso de rituais também diminuiu, como o uso do pó sagrado chamado rapé ,que purifica o corpo. Além disso, os sobreviventes não tinham lugar para viver.
No entanto, o grupo preservou-se e, hoje, é um cultura em reconstrução. Eles pediram ajuda de outros povos do Acre, e aprenderam ou continuaram os costumes que tinham perdido, incluindo o uso do rapé e também o uso da bebida sagrada, ayahuasca, assim como várias formas de danças ritualísticas. Os mais velhos do grupo estão ensinando o que sabem da língua indígena para as crianças, e é comum ouvir o idioma em muitos dos rituais hoje em dia. Mas para reconstruir a cultura Kuntanawa do passado é necessária a demarcação do seu território.
Esse é de fato um problema que quase todos os povos indígenas afrontam, e é verdade que alguns já tiveram sucesso, especialmente os grupos maiores, mas grupos pequenos como o Kuntanawa não têm uma voz tão poderosa, e é difícil receber o reconhecimento do governo. Em 2013, eles se juntaram a vários outros povos indígenas do Acre, e escreveram uma carta dirigida ao público dizendo que o governo brasileiro não está respeitando os direitos dos índios, e que estão destruindo a floresta e usando os seus recursos sem limites. Pediram pela demarcação imediata de suas terras e a ação das Nações Unidas.
O problema da demarcação continua até hoje. Em 2017, a Justiça Federal, em Cruzeiro Sol, deu ganho ao grupo Kuntanawa, e deu ao governo 24 meses para demarcar o território; e aqui estamos, hoje, e nada foi feito. Além disso, com Jair Bolsonaro como presidente, não parece que o grupo Kuntanawa vai ter sorte, mas, de toda maneira, a luta continua, e os Kuntanawa não vão parar até terem seu território reconhecido.
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