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São Paulo e a Comida

Esta semana, tive o grande prazer de conhecer a Alice Dianezi Gambardella, uma pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Alice, quem previamente trabalhava em vários estágios nas áreas da alimentação (e especialmente com respeito à nutrição das crianças), começou a ter interesse na comida desde sua infância: sua mãe era uma nutricionista que trabalhava como professora na faculdade de saúde pública em USP.

Pode ver os vídeos de nossa conversa aquí: https://drive.google.com/drive/u/2/folders/1a-3YmJE667zy7_iRlCi8m9USRCvWWQKl

Para Alice, a comida é um assunto importante por várias razões. “Se uma estudante não come bem, não pode estudar,” ela me diz. Mas há vários obstáculos que os brasileiros enfrentam nos esforços de comer bem e suficientemente.

Brasil é um país grande, Alice diz, e é um país agricultor que exporta muito dos seus produtos. Então, o fome não é causado pela escassez; tem mais que ver com problemas na distribuição e o acesso. As grandes oligarquias da comida e os grandes fazendeiros têm os seus próprios interesses, e as ações que não traem os lucros frequentemente não são realizadas.

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Foto de: https://www.statista.com/chart/19122/biggest-exporters-of-beef/

Além disso, por os pobres brasileiros, é difícil achar comida suficiente que é saudável e de bajo custo ao mesmo tempo. Dado o fato que a proteína é cara, muitos pessoas comem muito carboídratros—como batatas com arroz—e é fácil desenvolver “doenças de fome” como problemas de crescimento e a falta da nutrição. Esta parte da conversa com Alice me fez pensar nos “desertos alimentários” nos Estados Unidos, onde comunidades inteiras não podem achar comida fresca dentro de um raio de 1.6 quilómetros, e muitas pessoas sofrem da malnutrição, obesidade, entre outros problemas de saúde e bem-estar.

A cidade de São Paulo, também, “é um país,” segundo Alice. É uma cidade que tem o mesmo tamanho com o país de Portugal, então é difícil criar políticas efetivas que podem resolver todos os problemas de uma maneira eficiente.

Na uma entrevista que Alice fez para a Câmara de São Paulo, Alice sugeriu a promulgação de uma “lei do Bom Samaritano” no Brasil para incentivar as grandes empresas (como hotéis, negócios, etc.) doar a comida que sobra. “A sobra de comida sempre acontece,” ela me diz. Então, se removemos as punições contra doações não ‘perfeitas,’ organizações teriam mais razões doar as sobras para organizações como os bancos alimentários.

Pode assistir a entrevista aquí: 

Esta conversa me fez pensar: alguma lei parecida existe nos Estados Unidos? Minha pesquisa breve revelou: sim. Aqui nos EEUU, a lei se chama “Bill Emerson Good Samaritan Food Donation Act,” que encoraja às organizações doar a comida sem temer a responsabilidade. (E não sabia!)

Finalmente, uma coisa que me impressionou bastante era o fato que no São Paulo, um programa chamado “Programa de alimentação” (PA) impõe todas as escolas do ensino fundamental a servir comida que vem dos agricultores de produção familiar para estimular a economia rural. Aqui nos Estados Unidos, onde muitas pessoas nas cidades não têm uma forte conexão com a origem da comida que consumem, penso que a população beneficiaria de uma programa assim; especialmente na uma clima que está esquentando pouco a pouco, seria aconselhável educar a população sobre a comida local e a importância de comer localmente.

Em fim, gostei muito da oportunidade de aprender mais sobre a situação alimentária do Brasil com Alice, e tenho muito vontade de continuar esta conversa no futuro.

 

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