por Madison Mellinger
Quarta-feira passada, Erick Marques, jornalista e DJ, visitou nossa aula para falar sobre sua identidade como jovem indígena e seu trabalho com midiaindia.com, uma plataforma online que ele fundou. Ele disse que é um membro de uma organização do povo Terena na região de Mato Grosso do Sul. Esta área tem uma grande população indígena a qual Erick pertence. Ele começou sua carreira no jornalismo estudando na Universidade Católica Dom Bosco. Na universidade, ele foi capaz de compartilhar informações sobre sua população indígena.
A principal contribuição de Erick ao midiaindia.com é sua música. Enquanto algumas pessoas criam pintura ou gravam podcasts, Erick produz música. A música que ele produz é única porque é eletrônica. Ele disse que “me especializei em música tradicional indígena e novos sons.” O trabalho dele é uma reimaginação de música indígena com um toque moderno.
Similarmente, no filme O Mestre e o Divino, dois cineastas usam o filme como meio para contar a história das pessoas Xavante, uma comunidade indígena em Sangradouro, Mato Grosso. Um cineasta é Adalberto Heide, um alemão que conheceu o povo Xavante em 1957. Ele converteu as pessoas ao Cristianismo e a maioria de seus filmes o retratam como um salvador. O outro cineasta é Divino Tserewahu, um Xavante que tem produzido filmes desde 1990. Ele retratam as pessoas Xavante como estão; aprecia a realidade e as tradições de seu povo.
Erick e Divino são similares porque usam a arte para promover as vozes dos povos indígenas. Em sua música, Erick promove o trabalho e as vozes de “indígenas vindos da floresta.” Ele combina música tradicional com novas batidas para fazer arte que seja relevante para uma nova geração. Divino, usando filme, também torna a vida indígena relevante para os jovens. Ao contrário do outro cineasta, Adalberto, Divino filma a vida real de seu povo: o bom e o mal. Por exemplo, quando a comunidade se dividiu um ano, Adalberto filmou cada grupo separadamente enquanto Divino filmou o conflito e as interações entre ambos os grupos. Erick e Divino usam suas posições nas comunidades indígenas, bem como novas tecnologias para alcançar um novo público.
Como Erick disse em nossa aula, seu trabalho visa “dar voz àqueles que foram sempre invisibilizados.” Combinando música tradicional e novos sons, ele apela para uma nova geração e chama a atenção para os problemas em sua comunidade. Similarmente, Divino faz filmes para mostrar a realidade das vidas das pessoas Xavante. Usando novas tecnologias e tradições indígenas, ambos criam novos meios para promover as vozes de suas comunidades.
