Diferentes Histórias das Pessoas Indígenas Brasileiras em Filmes e Entrevistas

por Grace Huegel

O filme “O Mestre e o Divino” (2013) tem como foco dois cineastas, Divino e Adalberto, e sua relação com uma comunidade indígena no Brasil. Adalberto, conhecido como Mestre, é um homem branco que se orgulha de trazer educação, catolicismo, e civilização aos índios Xavante. Divino, um jovem indígena, sempre fez parte da comunidade e gosta de novo e de antigo. Este filme destaca a aparente falta de conflito entre aos pessoas indígenas e influência católica na população indígena na década de 1960s.

Junto com este filme, a entrevista com Erick Marques tem como foco a população indígena brasileira. Nesta entrevista, Marques fala sobre seu trabalho em design gráfico, música e mídias sociais que dão mais visibilidade aos nativos. Ele visa garantir os direitos dos povos indígenas, mostrando problemas legais e culturais em seu website e mídias sociais. Por causa da pandemia, as coisas pioraram para os indígenas. As “Fake News” são usadas para manter os nativos desinformados. Esta entrevista destaca o problema enfrentado pelas pessoas indígenas brasileiras e também as soluções inovadoras para combatê-lo.

Quando a entrevista e o filme são vistos juntos, existem algumas diferenças com a mensagem. No filme, Divino e Adalberto veem a incorporação da influência católica como pacífica. Ninguém comenta sobre o óbvio complexo de ” salvador branco” de Adalberto. Ninguém comenta a problemática cara pintada que usa para os rituais nativos. Ele usa o termo “índio” sobre o qual ninguém fala. Adalberto se coloca no centro da história dos indígenas, mas ninguém diz diretamente que isso está errado.

Na entrevista, Marques comenta diretamente os problemas que os indígenas têm com a comunidade externa. Alguns problemas são as “Fake News” e uso de pesticidas em terras nativas. Por meio das mídias sociais, os indígenas estão ganhando visibilidade e direitos. Para combater as “Fake News,” os indígenas estão usando a comunicação interna em sua língua nativa. Marques aposta na comunicação e na resistência, colocando a voz das pessoas em primeiro lugar.

Marques usa o termo “pessoas indígenas,” que é diferente de “índios.” Muitos concordam que é inapropriado usar o termo índio para pessoas que não vêm de fato da Índia, por isso é desrespeitoso que Adalberto use a frase, principalmente porque ele não faz parte da população indígena. O filme retrata a relação entre a influência católica e cultura indígenas como amigável, enquanto a entrevista mostra que não. Diferentes autores e técnicas de narrativa determinam como a mensagem é contada, e é por isso que duas peças de mídia sobre o mesmo grupo têm duas representações diferentes.

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