Nesta semana, a jornalista Denise Mota falou em nossa aula de português sobre a comunidade afro-brasileira e a comunidade trans no Brasil, bem como as experiências de pessoas trans negras no Brasil. Primeiramente, Denise falou sobre a comunidade LGBTQIA + no Brasil. Ela explicou que a comunidade LGBTQIA + inclui lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais e muito mais. Ela também explicou as identidades homens trans, mulheres trans, pessoas cis, travestis e transmasculinos. Ela disse que mulher trans é aquela que foi identificada como homem quando ela nasceu, mas na verdade é mulher. Da mesma forma, um homem trans é alguém que foi identificado como mulher quando nasceu, mas na verdade é um homem. Denise diz que uma pessoa cis é alguém como ela, que foi identificada como mulher e é mulher ou identificada como homem e é homem. Em sua apresentação, Denise escreveu que travestis são “pessoas que foram identificadas como pertencentes ao gênero masculino no nascimento, mas que se reconhecem como pertencentes ao gênero feminino e tem expressão de gênero feminina, mas não se reivindicam como mulheres da forma com que o ser mulher está construída em nossa sociedade.” Transmasculinos é similar com as travestis, mas eles foram identificados ao gênero feminino, mas se reconhecem como gênero feminino. Denise também nos disse que o termo “negras” no Brasil é aceitável para se referir a negros, mas o português também tem outros termos mais específicos. Por exemplo, ela disse “Beyonce seria parda no Brazil, Lupita [Nyong’o] ou a Viola Davis seria preta.”
Depois de explicar várias identidades e termos, Denise falou mais sobre a violência contra afros, violência contra pessoas trans e violência contra pessoas negras trans no Brasil. Denise disse que um número desproporcional de pessoas assassinadas no Brasil todos os anos são afros, quase setenta por cento das mulheres assassinadas no Brasil são negras e os negros dentro da comunidade LGBTQ + têm maior probabilidade de sofrer violência do que outros grupos. Ela disse que as pessoas trans enfrentam violência, discriminação e pobreza, e 90% das pessoas trans no Brasil vivem na prostituição.
Mas é claro que, apesar de muitos obstáculos e dificuldades, a história da comunidade trans negra no Brasil não é apenas sobre a vitimização. Ela também apresentou algumas pessoas trans negras no Brasil: Erika Malunguinho, que é política em São Paulo, Liniker, uma cantora cuja apresentação de gênero é muitas vezes muito subversiva, já que tem cabelo comprido e barba, por exemplo, e Luh Maza , a dramaturga e roteirista que foi a primeira diretora trans em São Paulo. Todas essas mulheres têm muito sucesso, e apoiam suas comunidades. Ela mencionou que é muito importante para esse tipo de ativista trabalhar para todos. Elas são mulheres trans negras, mas estão trabalhando com outras comunidades e outros grupos também, usando suas próprias experiências para ajudar muitas pessoas.
Então, Denise conduziu uma sessão de perguntas e tentou responder a todas as nossas perguntas dúvidas. Ela poderia ter falado mais sobre os livros das pessoas trans negras, e seria uma pessoa excelente para nos ouvir.