Centralizando As Mulheres Negras Trans em Nosso Ativismo: Uma Conversa com Denise Mota

por Madison Mellinger

Quarta-feira passada, a jornalista, Denise Mota, visitou nossa aula para falar sobre as dificuldades que as mulheres negras trans enfrentam. Denise tem sido jornalista por vinte e seis anos e agora, ela tem um blog chamado Preta, Preto, Pretinhos onde ela escreve muito sobre suas experiências como jornalista. Ela disse que o blog é parte de um jornal maior, Folha de São Paulo, que é “um jornal de muita circulação no Brasil.” 

Denise disse que o trabalho dela focaliza principalmente em mulheres negras trans no Brasil. Este tópico é extremamente importante e interessante para ela e escreve muito sobre mulheres negras trans para mostrar seu apoio. Então, Denise explicou as lutas dessas mulheres para nós. 

Primeiro, Denise explicou a definição de “trans” e o que significa ser uma mulher negra e ser trans. Uma pessoa trans é alguém que não identifica seu gênero com seu sexo biológico ou o sexo no nascimento. Uma mulher trans é alguém que foi chamado de homem ao nascer, mas é uma mulher agora. Uma mulher negra trans é uma mulher trans que é negra; as mulheres negras trans encontram muitas dificuldades únicas por causa das suas identidades intersetoriais como mulheres, pessoas negras, e pessoas trans. 

As dificuldades e lutas de mulheres negras trans incluem discriminação e violência. Denise disse que “as populações mais marginalizadas no Brasil são as populações negras indígenas e também as populações trans afro e indígenas.” Ela falou principalmente sobre a violência contra esses grupos. Primeiro, ela apresentou dados de violência contra afros. Disse que no Brasil 75.7% das vitimas de homicidio eram negras em 2018. Ela também discutiu a violência contra a população LGBT+. Denise ressaltou que “Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais em todo o mundo.” Por causa disso, “99% das pessoas LGBTI afirmaram não se sentirem seguras no Brasil,” ela disse. 

Mulheres negras trans pertencem à comunidade negra e à comunidade LGBT+, colocando-as em risco em duas frentes diferentes. Elas são inseguras porque são trans e negras. Denise disse que a situação dessas mulheres as levam à prostituição, tornado-as ainda mais vulneráveis. As mulheres enfrentam desigualdade laboral assim como educacional e social. 

Em conclusão, a violência e discriminação das mulheres negras trans no Brasil são um grande problema. Estas mulheres são inseguras e assassinadas em uma taxa alarmante. Para terminar a apresentação, Denise sugeriu maneiras de ajudar mulheres negras trans. Ela enfatizou como é importante aumentar a visibilidade das mulheres negras trans politicamente, socialmente e culturalmente. Ela recomendou “algumas referências trans negras no Brasil” como Erika Malunguinho, Liniker e Luh Maza.  Ao elevar as vozes das mulheres negras trans, nós podemos aumentar sua visibilidade e segurança.