As vidas profundas

As vidas Profundas de Brasileiros

por Caoimhe Boyle

Central do Brasil mostra uma mulher que é responsável pelas esperanças e sonhos de centenas de pessoas, mas ela não se importa com ninguém. Este filme efetivamente conta uma história de egoísmo humano com belas imagens, performances brilhantes e escrita convincente. Às vezes usa um formato epistolar que é muito eficaz. A melhor parte da narrativa do filme é a relação entre Dora e Josué. No início, ela é indiferente a Josué, de fato, ela o vende para seu próprio benefício e não se importa com o que acontece com ele. A crueldade desse ato, assim como o tempo que passa com Josué quando procuram seu pai é o que acaba levando Dora a se tornar uma pessoa melhor. A razão que o relacionamento de Dora e Josue e o formato epistolar causaram uma reação emocional com sucesso é que a melhor narrativa do filme é a pessoal.

Os personagens principais são Dora, uma professora aposentada, que escreve cartas na Estação Central do Rio de Janeiro, e de Josué, um órfão de nove anos. No início, Dora é muito cínica. Ganha dinheiro escrevendo cartas para outras pessoas na estação central, mas mente para seus clientes sobre as cartas porque nunca as envia. Ela acolhe Josué, depois o entrega a uma agência de adoção para conseguir dinheiro para comprar uma televisão. Dora tem remorso por causa desse dessa decisão, então o pega de volta e deixa o Rio de Janeiro para viajar para Bom Jesus do Norte para procurar o pai de Josué. No início, Josué não gosta dela, a chama de mentirosa e diz que quer ir sozinho. Depois de viajarem juntos, Dora e Josué começam a ter um relacionamento melhor. Então quando eles não encontram o pai dele, Dora o convida para ficar com ela. Essa é uma grande mudança desde o início do filme, quando Dora não queria mais cuidar dele. Mas, depois que encontram a família de Josué, Dora sai em segredo e escreve uma carta e diz que Josué ficará melhor sem ela.

Um dos aspectos mais interessantes é o desenvolvimento do personagem de Dora. No início, ela é egoísta e rude. O filme mostra claramente como ela é influenciada por pessoas que conhece. Depois de Dora vender Josué para comprar uma televisão, a amiga dela, Irene diz a ela que “tudo tem limite”. Dora a ignora no início, mas tem dificuldade para dormir naquela noite, no dia seguinte volta para buscar Josué. Mais tarde, ela muda novamente seu comportamento por causa da influência de outra pessoa. Dora se torna uma pessoa melhor porque percebe o impacto de suas ações em Josué. Por exemplo, Ele ficou chateado quando Josué descobriu descobre que ela não havia postado a carta de sua mãe, ele fica chateado e,  por isso, . Quando quando eles escrevem cartas para os peregrinos, ele Josué pensa que ela não vai as enviar novamente, mas para sua surpresa, ela as leva ao correio. Embora tenha sido fácil para ela ignorar as histórias pessoais de muitas pessoas que não conhece na Estação Central, depois que passa um tempo com Josué muda de ideia e manda as cartas.

Outro aspecto interessante do filme é a representação da religião e pessoas religiosas. A representação da peregrinação mostra como a religião é uma maneira profundamente pessoal de muitas pessoas entenderem o mundo e ao mesmo tempo, uma maneira fácil de ganhar dinheiro. Josué e Dora ganham dinheiro escrevendo mensagens para santos, cercados de outros que também comercializam Bom Jesus. Essas mensagens mostram a alegria, tristeza e esperança de seus clientes. É eficaz porque mostra isso usando histórias e experiências pessoais. O pai de Josué é um carpinteiro chamado Jesus. Essa referência de mão pesada desvia do verdadeiro foco do filme, que é o caráter humano. O filme faz referência a Cristo usando o pai ausente de Josué, mas não deixa claro o motivo. Isso é confuso e não contribua contribui para a narrativa dos personagens.

No final das contas, este é um filme para alguém que está interessado no ser humano. Os personagens são muito realistas, e a relação entre Dora e Josué é tão desenvolvida que o final evoca tristeza profunda no público. Embora o filme contenha uma história emocionante, a melhor parte são os pequenos momentos que mostram as emoções dos personagens porque o público pode se reconhecer nessas emoções, mesmo que suas experiências sejam muito diferentes das dos personagens.

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Caoimhe Boyle